domingo, 6 de junho de 2010

História de Tordek Rharan “Moondog” - Versão Final

Características
Raça: Anão
Classe: Bárbaro
Nível de personagem: 4
XP: 6060 (se for decidido utilizar a regra do Firmo cai para 6000)
Idade: 43 anos
Tendência: Neutro/Neutro
PV: 61
CA: 17
Bônus Total de Ataque:
Bônus Base Modificador Habilidade Total
Corpo a Corpo +4 +5 +9
Distância +4 +4 +8
Saves: Fortitude +8 / Reflexos +5 / Vontade +4

Talentos
* Vontade de Ferro
* Ataque Poderoso

Habilidades
* Movimento Rápido
* Fúria 2 / dia
* Esquiva Sobrenatural
* Sentir Armadilhas +1


A história

Filho de Ulfgar e Diesa, Tordek nasceu no ano de 1334 CV no reino de Morgon que, durante séculos, foi governado pelo clã chamado Gormogon. Seu líder bravamente liderava seu povo fazendo com que o reino prosperasse por meio de alianças comerciais e militares com outros clãs e reinos, inclusive de outras raças. As finanças do reino eram baseadas no comércio do ouro, extraído das suas várias montanhas, desde a matéria prima até as finas peças resultantes do trabalho dos mestres artesões. Mas o grande segredo que fazia com que Morgon prosperasse era sua cultura milenar, que pregava uma excelente organização e divisão de papéis na sociedade do clã. Cada membro era moldado de forma a trabalhar pelo todo, sempre em busca de cumprir seu papel para o sucesso do clã. Assim que atingisse a adolescência, cada anão passava por um processo seletivo para identificar suas aptidões: batalha, extração e manuseio de metais, construção, agricultura, religião, política, etc. Uma vez determinada a carreira a seguir, toda sua vida se baseava em preparação e treino voltado a ela. Apesar de parecer uma ditadura, o sucesso de Morgon mostrava que aquele regime funcionava bem e, além disso, a população se mostrava feliz, na maior parte do tempo.

A capital do reino, que fica localizado a sete dias de Folkerran, se chama Muligan e fica na base da montanha Kabat. Nela vivia Ulfgar Rharan e sua família, que fazia parte da guarde de elite do líder do clã, enquanto sua esposa se dedicava a cuidar dos seus dois filhos, Tordek e Taklinn, e da pequena casa em que moravam. Desde a infância, Tordek já aprendia com seu pai e praticava com seu irmão as técnicas de batalha do exército de Morgon e logo se destacou por suas habilidades em luta, mostrando-se um promissor guerreiro e mestre das artes de guerra. Mesmo antes de poder ingressar a academia do clã ele, aos 30 anos, já dominava todas as técnicas de batalha das escolas de guerra do reino.

O mesmo comércio que enriquecia Morgon proporcionava a expansão de relacionamentos e a criação de alianças. Estas eram motivadas não só pelo dinheiro, mas também pelo poder e respeito que eram de igual importância para a sobrevivência. Sabendo disto, o clã oferecia proteção aos povos vizinhos buscando firmar um compromisso mútuo para os momentos de necessidade.

Aparentemente este compromisso era forte e verdadeiro apenas da parte dos Gormogons, pois no momento em que mais precisaram dos seus aliados, estes se viraram contra eles. Motivados pelo medo e ganância seus, até então parceiros, se juntaram ao mais temido inimigo declarado de Morgon: os Bobats do reino de Shantala. Há tempos este clã de gigantes tentava derrubar os Gormogons e tomar posse de suas terras e riquezas. Oferecendo parte do que fosse tomado e ameaçando aqueles que não acatassem a vontade deles, os Bobats conseguiram virar todos contra os Gormogons, organizando um ataque massivo e cercando a cidade de Muligan.

Quando os exércitos inimigos chegaram à cidade já era tarde para tentar salvar o povo. Não havia escapatória!!! Os guerreiros de Morgon lutaram bravamente e toda a população tentou ajudar, mas nada disto foi suficiente. O exército inimigo tinha dez combatentes para cada guerreiro Gormogon, que foram pegos de surpresa e não tiveram tempo de por em prática suas táticas de guerra: tentaram simplesmente se defender. O resultado óbvio e esperado tardou, mas aconteceu: o reino de Morgon foi desmantelado e os Gormogons foram levados como escravos para Shantala. Muitos provavelmente seriam vendidos como serviçais, mas os mais fortes seriam utilizados para gerar riquezas para os Bobats.

Durante a injusta batalha, enquanto seu pai morria tentando a salvação do clã, Tordek fez o que pôde para defender sua mãe e irmão mais novo. Mesmo ainda sendo um adolescente, deu trabalho a três goblins que invadiram sua casa, mas um gigante apareceu e rapidamente o fez entregar-se, ameaçando a mãe e o irmão. Assim, o destino dos três se juntou ao dos demais sobreviventes.

Amarrados uns aos outros, os últimos Gormogons vivos foram levados para Shantala e jogados ao enorme calabouço. Lá, na busca por Ulfgar, Tordek e sua mãe Diesa descobriram que ele havia morrido, por meio de um antigo amigo que encontraram e que o vira caindo, atacado por cinco gigantes. Tiveram pouco tempo para lamentar, pois logo começava sua nova vida: todos os que eram fisicamente capazes eram levados a trabalhar, enquanto que os mais jovens eram mantidos como garantia de que os mais velhos trabalhariam.

Com poucos dias de escravidão, os anciãos já planejavam uma maneira de fugir daquele lugar. O único jeito de garantir manter viva a linhagem e a tradição dos Gormogons era encontrar um meio de libertar os jovens adultos saudáveis, que teriam condições de correr o suficiente para escapar. Prepararam-se para a noite seguinte, acreditando que o fato de não precisarem de tochas, por enxergar no escuro, chamaria pouca atenção. Além disso, naquela noite haveria a grande festa que o líder dos Bobats ofereceria aos seus bravos guerreiros para comemorar a maior de suas conquistas. Todos estariam ocupados e embriagados o suficiente para facilitarem o sucesso da fuga. O plano era o seguinte: abrir algumas celas, onde estavam os melhores guerreiros, e render o vigia. A partir daí, abririam as demais celas para que os demais saíssem para iniciar a caminhada para a liberdade. O grupo era grande e a chance de passarem despercebidos era muito pequena, mas no fundo, a intenção real era que na multidão pelo menos alguns chegassem ao objetivo final.

Tudo ia conforme o planejado, Tordek acompanhava de perto sua mãe e seu irmão e todo o grupo ia num ritmo muito bom. Neste momento, Diesa parou os dois e disse: “Se algo acontecer com qualquer um de nós, os demais devem correr o máximo que puderem e não voltar por nada! Não devem parar nem para descansar! Caso nos separemos, rumem para a cidade de Folkerran e lá nos encontraremos. Boa sorte a todos”. O último e mais difícil obstáculo era uma enorme clareira que separava a cidade da floresta Negra de Shantala. Uma vez dentro dela, os anões teriam muitos recursos para se esconderem e seria quase impossível para os gigantes de conseguirem capturá-los. No entanto, esta clareira possibilitava uma fácil visualização do grupo, pois havia iluminação e várias torres de vigília. Quando estavam no meio da clareira, o pior aconteceu: em uma das torres um dos guardas de plantão notou a movimentação e jogou uma tocha nas proximidades que atingiu na cabeça um dos anões. O grupo entrou em pânico e todos começaram a correr. Em poucos momentos todas as torres já atacavam com flechas em chamas e enormes rochas que rolavam levando o que estivesse em seu caminho. Tordek e sua família corriam juntos, mas tudo estava confuso, pois muitos de seus amigos passavam por eles em direções diferentes, como se tivessem perdido o caminho na tentativa de desviar dos ataques. Mas nada desviava o caminho de Tordek, nem mesmo as inúmeras flechas que passavam cada vez mais próximas deles, nem mesmo os inúmeros amigos que viram caindo atingidos. No entanto, há poucos metros de chegarem à entrada da floresta, Diesa olhou para trás e viu a enorme rocha que chegava até eles. Sem nem pensar, ela empurrou fortemente cada um dos filhos para os lados salvando-os do seu fim. Ao se levantar e ainda sem saber o que tinha acontecido, Tordek viu o corpo de sua mãe esmagado no chão e muitos gigantes vindo e atacando tudo o que encontravam pelo caminho. Procurou por seu irmão e o avistou correndo na direção contrária à sua. Tentou chamar por ele, mas o barulho da confusão tornava isto quase impossível! Tentou correr na direção dele, mas um grupo de inimigos já se colocava entre eles.

Nestas condições, só lhe restou correr, e muito, em direção à floresta.Os sons da batalha estavam ficando cada vez mais distantes e a calma parecia estar próxima. No entanto, a cabeça de Tordek estava sendo bombardeada de pensamentos: seu pai era o ídolo maior para ele, e estava morto! Sua mãe era seu porto seguro, e também estava morta! Seu irmão era a pessoa mais próxima a ele neste mundo e seu maior companheiro, e não fazia idéia do que poderia ter acontecido a ele. Pensou em voltar, mas se lembrou do recado de sua mãe e seguiu viagem, rumo a Folkerran.

Pelas cidades que passava Tordek buscava sinais de outros refugiados e orientações para chegar ao seu destino. Não encontrou nenhum irmão de clã que tivesse a mesma sorte que ele, mesmo porque não podia perguntar sobre isto a ninguém, pois não sabia em quem podia confiar. Certamente a fuga já era notícia em toda parte e os gigantes teriam colocado seus espiões para encontrar os rebeldes para receberem a punição que mereciam. Mas sempre que falava em Folkerran, Tordek recebia informações que passaram a ser do seu interessante. Alguém sempre mencionava algo sobre forte exército existente na cidade e um jovem general em ascendência. Posteriormente ficou sabendo que o tal general se chamava Derfel e que era muito justo e, além disso, tinha uma história de vida tão trágica quanto a sua. Desamparado de tudo, sentiu-se tentado a procurá-lo, pois imaginava ser alguém que o entenderia e, quem sabe, o ajudaria.

Após chegar a Folkerran, Tordek iniciou uma busca por seu irmão. Esqueceu-se de disfarçar que era um estrangeiro, tamanha era sua ansiedade. Alguns bárbaros que passavam pela cidade perceberam a agitação do jovem anão e, apesar de suas vestimentas e sua horrível condição mostrar que não carregava nada de valor, resolveram atacá-lo. Cercaram-no e o empurravam de um lado para outro. Novamente batia em sua cabeça tudo o que tinha passado até chegar ali e, em um momento de fúria, acertou um forte soco em um dos atacantes. Seus amigos começaram a rir e o agredido revidou com um golpe que atingiu o rosto de Tordek, que caiu no chão quase apagado. Ao fundo ouviu uma voz dizendo: “Parem! Parem”! Percebeu que aquilo fez com que os bárbaros se afastassem rapidamente dele e viu uma figura humana, vestida como um militar de elite, e desmaiou.

Ao acordar, sem ao certo saber se tudo o que acontecera tinha sido real, se viu deitado em uma cama bem simples, mas bem melhor do que qualquer lugar que tenha dormido nos últimos dias. Percebeu que a figura que vira antes estava sentado em uma cadeira próxima a ele. O humano se apresentou: “Sou Derfel AP Ragnar, general do exército de Folkerran. Você foi atacado e desmaiou e o trouxe para dentro do quartel. Quem é você?”. Tordek se apresentou, mas hesitou pouco antes de mencionar seu sobrenome, sem estar certo se podia ou não confiar no humano que acabara de conhecer. Derfel percebeu a hesitação e disse que poderia ajudar, mas que precisaria saber o que estava acontecendo. Neste momento, Tordek lembrou-se de como suas histórias eram parecidas e confiou a ele todo seu passado. O general também se identificou e resolveu acolher Tordek, permitindo a ele ficar e trabalhar para o exército, não como soldado é claro. Assim teria moradia e alimento e poderia participar de treinamentos no exército. Obviamente não seria junto com os soldados por ainda ser jovem, mas para ele isto tudo bastava. A partir de então, Tordek Rharan ficou conhecido como Tordek Moondog, apelido dado por Derfel para protegê-lo de seus inimigos. Ficou, na verdade, mais conhecido por Moondog, pois assim era chamado pelos companheiros do exército.

Durante os dez anos em que ficou no exército de Folkerran, Moondog aprendeu muito, tornando-se um dos melhores aprendizes de Derfel. Ao atingir a fase adulta, o general Derfel propôs a ele que permanecesse no exército e passasse por todo o treinamento, tornando-se um guerreiro de Folkerran. O respeito de Moondog pelo general, que agora era seu grande amigo, o pedia para ficar, mas seus objetivos não lhe permitiam. O exército servia aos propósitos do rei e estes nunca o levariam a vingar sua família. Derfel então apresentou Moondog a seu irmão mais novo, Uther, um guerreiro e bravo aventureiro e aconselhou-os a unirem suas forças em suas missões e na busca de seus objetivos.

Desde então, Moondog vive como um bárbaro em busca de aventuras e batalhas, mas principalmente experiência, para poder evoluir e buscar vingança contra aqueles que destruíram tudo e todos que amava. Vislumbrava um futuro no qual derrotaria os Bobats e libertaria os Gormogons que ainda estivessem vivos, possibilitando o ressurgimento de seu antigo clã. Tinha esperança, inclusive, de encontrar seu irmão ainda vivo.

14 comentários:

  1. Perfeito! Achei que a história ficou bem melhor. Acho que você poderia acrescentar que Derfel sugeriu que Tordek se juntasse ao Uther na busca pelos objetivos.

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  2. Concordo, ficou melhor! Agora realmente se enquadra mais a um Bárbaro!

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  3. Valeu Vitao e valeu Caroti. Gostei da sugestão de me indicar conhecer e acompanhar o Uther. Vou só esperar o resto comentar para ver se tem algo mais a ser alterado.

    Abracao.

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  4. Jão, parabéns...aproveitarei pontos em minha história para enriquecer seu personagem.

    Abraços, aguarde sua prévia.

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  5. A outro versão estava 10, mas realmente esta ficou melhor. Parabéns!!! Só faltou dizer pq ele usa aquele tapa olho.
    TORDEK, espero que o tempo e a vingança cure suas feridas.

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  6. Pô o Soveliss é um poeta! André imcorpora isso no seu personagem cada armadilha que ele desarma ou cada porta que ele abre ele fala uma frase de efeito poético, vai ficar legal!

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  7. Ah André, pra você ver, o Tordek vê mais do que todo mundo porque tem um olho só, se tivesse os dois veria além do horizonte!

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  8. Se o Sovelis é um poeteiro, quer dizer, um poeta, o Rog é um comediante!!!

    Então André, na verdade só agora reparei que na imagem tem um tapa olho. Como não pensei nisso, o Caroti podia mais uma vez mostrar seus poderes mágicos do Photshop e tirar o tapa olho!!!

    Se não der, vou dizer que faz parte do disfarce, afinal, não tinha nenhum anão caolho na fuga.

    Abração.

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  9. Cara eu também não tinha reparado no tapazóio!

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  10. Jão não entendi os valores dos ataques corpo a corpo (+4 +5 +9) e a distância (+4 +4 +8)?

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  11. Ou o livro do jogador 3.5 também tem vários problemas, vi na tabela do monge que ele ganharia mais 10 metrod de movimento (+10m) diferente do livro 3.0 que ele ganhar apenas +3m, fiquei desconfiado, achei muita coisa, peguei o livro do jogador 3.5 em inglês e vi que o monge ganhava +10ft (pés) e não metros. Convertendo 10ft em metros temos 3,02m ou seja os mesmos 3 metros da versão 3.0 do livro! Quanta gente incompetente trabalhou nessa tradução!!!! :(

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  12. Respondendo ao Vitão:
    +4 +5 = +9
    1) Bônus Base
    2) Modificador Habilidade
    3) Total

    Tony, eu não sei se houve algum problema parecido no cálculo do meu deslocamento. Todos nós achamos estranho um anão com 12m, certo? Estudando um pouco do livro do jogador eu vi o seguinte: a habilidade Movimento Rápido dá +3 de deslocamento para o bárbaro. Um anão tem deslocamento de 6m, então meu deslocamento total é 9m e não 12m.

    Abração a todos.

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  13. Entendi Jão. É que na postagem está + e não =. Até...

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