Pessoal achei essa matéria interessante, foi retirada do site Rede RPG
Abraço a todos.
Uma das características mais interessantes em D&D, que permite uma melhor interpretação dos personagens, são as tendências, porém existem muitos equívocos com relação a elas. Aqui vão algumas dicas para quem quiser enrriquecer a interpretação das tendências em sua campanha.
Podemos citar inúmeros erros por parte dos jogadores e mestres na interpretação das tendências, não iremos nos apronfundar em todos, mas sim, nos mais pertinentes e de difícil resolução. Existem basicamente duas partes que formam a tendência, a ordem ou caos e o bem ou mal, podendo haver neutralidade em quaisquer dessas partes ou em ambas formando a tendencia "neutro". Deste modo, podem surgir conflitos entre as duas partes, por exemplo: Paulo é um paladino leal e bom, ele acaba de descobrir que seu amigo de aventuras Lilo, um halfling, é o assassino que matou um político por dinheiro semana passada, o que ele deve seguir? Sua lealdade ao seu amigo, que jurou sempre protejer, ou seu lado bom, que deve sempre combater o mal onde quer que ele esteja? Esses paradoxos acontecem não só dentro do Rpg, mas também em nossas vidas, e suas soluções devem ser muito bem pensadas, levando-se em conta, outros fatores, como algumas peculiaridades que o paladino possa vir a ter, ele pode ser uma pessoa enérgica que sem pestanejar entregaria o próprio amigo as autoridades, ou pode ser uma pessoa cheia de compaixão, que tentaria corrigir seu amigo sem entregá-lo por exemplo. Ou ainda suas experiências passadas podem contar muito, será que ele já se arrependeu de alguma decisão que tomou com relação a uma situação parecida com essa? De qualquer forma, quando surge um paradoxo entre "ordem/caos" e "bem/mal", precisa-se levar em conta toda a base de seu personagem e enxergar o fato de que, como na vida, algumas coisas são mais complicadas e menos sistemáticas.
Outro erro bastante comum entre os jogadores mais novatos é a discordância total na tendência, seja na parte "ordem/caos" quanto na parte "bem/mal", para um mestre corrigir e identificar isso é muito fácil quando um personagem de tendência bondosa age de maneira malígna, ou vice-versa, o mesmo vale para caóticos agindo com lealdade ou vice-versa. O ponto complicado, é quando temos personagens com uma das partes neutras, por exemplo: Rancor é um meio-dragão bárbaro de tendência caótico e neutro, o mestre do jogo percebeu que ele vem matando camponeses impiedosamente com frequência, o que fazer? Primeiramente, deve-se entender que a parte caótica do personagem não liga para as leis, até aí sua interpretação está perfeita, porém, matar sem motivos é um ato malígno, não há dúvidas, então aí está o erro, o jogador interpreta um caótico mal ao invés de um caótico neutro. Uma vez que foi encontrado o erro, o mestre deve apontá-lo e provar ao jogador que ele está errado, de preferência tomando como base o Livro do Jogador. Se o jogador não se adequar mesmo assim, o mestre pode pedir que no próximo nível ele mude sua tendência para caótico e mal e continuar sua campanha, ou pedir que mude para caótico e mal e tomar seu personagem como Pdm (personagem do mestre) neste caso específico, pois o livro trata tendências malígnas como de vilões Pdm's.
E por último devemos nos lembrar que tendência não é constante, esse é um erro muito comum até mesmo entre os jogadores mais experiêntes, um personagem leal e bom, não é leal e bom todo o momento. Assim como na vida real, os personagens sofrem desvios de personalidade, ninguém é constante como o próprio livro do jogador coloca.
Então, da próxima vez que for interpretar um personagem, preocupe-se em analizar se ele realmente está atendendo sua tendência, mas como para tudo deve haver um equilíbrio, não transforme "tendência" em "constante", isso deixa seu personagem piegas e previsível, deixe-o mais real, palpável, lembre-se de seus defeitos, afinal, nada é constante, nada é perfeito.
Nota: Essas dicas cabem melhor em campanhas que valorizem mais uma narrativa rica em interpretação, se preocupar em demasia com as tendências em uma campanha mais no estilo "matar e pilhar" pode atrapalhar o divertimento. Portanto, deixo tudo o que disse aberto à modificações.
Podemos citar inúmeros erros por parte dos jogadores e mestres na interpretação das tendências, não iremos nos apronfundar em todos, mas sim, nos mais pertinentes e de difícil resolução. Existem basicamente duas partes que formam a tendência, a ordem ou caos e o bem ou mal, podendo haver neutralidade em quaisquer dessas partes ou em ambas formando a tendencia "neutro". Deste modo, podem surgir conflitos entre as duas partes, por exemplo: Paulo é um paladino leal e bom, ele acaba de descobrir que seu amigo de aventuras Lilo, um halfling, é o assassino que matou um político por dinheiro semana passada, o que ele deve seguir? Sua lealdade ao seu amigo, que jurou sempre protejer, ou seu lado bom, que deve sempre combater o mal onde quer que ele esteja? Esses paradoxos acontecem não só dentro do Rpg, mas também em nossas vidas, e suas soluções devem ser muito bem pensadas, levando-se em conta, outros fatores, como algumas peculiaridades que o paladino possa vir a ter, ele pode ser uma pessoa enérgica que sem pestanejar entregaria o próprio amigo as autoridades, ou pode ser uma pessoa cheia de compaixão, que tentaria corrigir seu amigo sem entregá-lo por exemplo. Ou ainda suas experiências passadas podem contar muito, será que ele já se arrependeu de alguma decisão que tomou com relação a uma situação parecida com essa? De qualquer forma, quando surge um paradoxo entre "ordem/caos" e "bem/mal", precisa-se levar em conta toda a base de seu personagem e enxergar o fato de que, como na vida, algumas coisas são mais complicadas e menos sistemáticas.
Outro erro bastante comum entre os jogadores mais novatos é a discordância total na tendência, seja na parte "ordem/caos" quanto na parte "bem/mal", para um mestre corrigir e identificar isso é muito fácil quando um personagem de tendência bondosa age de maneira malígna, ou vice-versa, o mesmo vale para caóticos agindo com lealdade ou vice-versa. O ponto complicado, é quando temos personagens com uma das partes neutras, por exemplo: Rancor é um meio-dragão bárbaro de tendência caótico e neutro, o mestre do jogo percebeu que ele vem matando camponeses impiedosamente com frequência, o que fazer? Primeiramente, deve-se entender que a parte caótica do personagem não liga para as leis, até aí sua interpretação está perfeita, porém, matar sem motivos é um ato malígno, não há dúvidas, então aí está o erro, o jogador interpreta um caótico mal ao invés de um caótico neutro. Uma vez que foi encontrado o erro, o mestre deve apontá-lo e provar ao jogador que ele está errado, de preferência tomando como base o Livro do Jogador. Se o jogador não se adequar mesmo assim, o mestre pode pedir que no próximo nível ele mude sua tendência para caótico e mal e continuar sua campanha, ou pedir que mude para caótico e mal e tomar seu personagem como Pdm (personagem do mestre) neste caso específico, pois o livro trata tendências malígnas como de vilões Pdm's.
E por último devemos nos lembrar que tendência não é constante, esse é um erro muito comum até mesmo entre os jogadores mais experiêntes, um personagem leal e bom, não é leal e bom todo o momento. Assim como na vida real, os personagens sofrem desvios de personalidade, ninguém é constante como o próprio livro do jogador coloca.
Então, da próxima vez que for interpretar um personagem, preocupe-se em analizar se ele realmente está atendendo sua tendência, mas como para tudo deve haver um equilíbrio, não transforme "tendência" em "constante", isso deixa seu personagem piegas e previsível, deixe-o mais real, palpável, lembre-se de seus defeitos, afinal, nada é constante, nada é perfeito.
Nota: Essas dicas cabem melhor em campanhas que valorizem mais uma narrativa rica em interpretação, se preocupar em demasia com as tendências em uma campanha mais no estilo "matar e pilhar" pode atrapalhar o divertimento. Portanto, deixo tudo o que disse aberto à modificações.
Friends:
ResponderExcluirsou o tipo de mestre que dou suma importância para a interpretação. Isso remete, penso eu, aos primórdios do prg: interpretar e combater. Isso aguça a imaginação - alma do rpg -.Mesmo com uma 4 edição que contrapõe a velha tendência, sou dos antigos, imaginação é tudo, e nada como uma excelente interpretação para manter vivo um personagem e abrilhantar uma história.